Está patente na Biblioteca Municipal Alves Mateus (BMAM)  uma exposição documental, realizada com a colaboração do Arquivo Municipal,  sobre os 110 Anos da Grande Festa da Árvore de 1913 nos jornais de Santa Comba Dão.

Uma parte desta mostra -  que reúne documentos e relatos noticiosos sobre a vivência local desta festa -  tem estado em itinerância, pelos Lares e Centros de Dia do concelho, no âmbito do projeto  BiblioSénior. Dinamizada,por duas técnicas da BMAM, esta partilha cultural  está na estrada desde abril e já passou pelos Lares  da Santa Casa da Misericórdia e Resivida, Centros Sociais e Paroquiais do Couto de Mosteiro e de São Joaninho. Ainda durante este mês de junho serão abrangidos os Centros Sociais e Paroquiais de São João de Areias e Treixedo e o Centro de Bem-Estar Social Prof. Oliveira e Costa.  

Nestas visitas a instituições concelhias, os utentes são convidados a 'embarcar' numa viagem até aos seus tempos de escola e a falar das suas vivências. São momentos  bastante participados, onde não faltam  cânticos do Hino Nacional e de outros da época. Para as técnicas envolvidas, "é gratificante ver a alegria com que estes utentes  acolhem  a exposição e o reconhecimento de que, também a história deles, está guardada em velhas folhas de jornais à guarda da Biblioteca e Arquivo Municipal e, que em qualquer momento, poderão ser novas descobertas para os jovens santacombadenses".  

De destacar que  os lares e Centros de Dia ficam na  posse dos testemunhos desta Festa da Árvore, em fotografias, relatos, atas camarárias, programas e hinos gloriosos durante o período de um mês. Além desta divulgação cultural de proximidade, o projeto BiblioSénior visa ainda adequar oferta da BMAM às temáticas e tipologias de livros e filmes que estes utentes gostariam de ler e ver.

Sobre a mostra
Para o público em geral, a  exposição sobre 110 Anos da Grande Festa da Árvore de 1913 pode ser visitada até ao mês de julho na Biblioteca . Resultante de uma aprofundada investigação sobre o tema, na mostra estão reunidos  documentos e jornais caracterizadores da vivência local desta celebração, não faltando um prato comemorativo de 1913, recriado pela artesã Regina Serra.

Instituída pelo regime da Primeira República, um pouco por todo o país a Festa da Árvore realizava-se no mês de março, início da primavera, sendo que o intuito ia muito além da celebração da natureza. Como objetivo claro, estava a  propaganda do regime republicano nascido a 5 de outubro de 1910, que trouxe à sociedade portuguesa um conjunto de novos símbolos e manifestações cívicas, entre as quais  o culto da árvore (cívico-pedagógico)-

As festividades de 2013 - promovidas pelo jornal O Século Agrícola e emblemáticas dos ideais liberais da 1.ª República Portuguesa  - são relatadas nos periódicos locais,  com narrações jornalísticas que esboçam um quadro pitoresco das celebrações. Páginas e páginas são ocupadas com descrições ao pormenor das vivências das crianças das escolas, dos cidadãos organizadores e da participação da população em geral.

O Núcleo Museológico de Artes e Ofícios (NMAO)de Santa Comba Dão está aberto ao público, numa primeira fase, entre as 10H00 e as 16H00, de segunda a sexta-feira.

O NMAO reúne objetos, materiais informativos e registos audiovisuais, promotores do conhecimento das artes e ofícios, usos e costumes da região. O equipamento inclui várias salas e espaços expositivas, onde estão representadas as áreas da agricultura, tanoaria, da cultura da vinha, serralharia, carpintaria, ateliers de alfaiate e de fotógrafo e diversos objetos do quotidiano doméstico, que figuram numa cozinha de outros tempos.

O saber fazer está documentado num vídeo, que integra o percurso expositivo. Em filme é dado destaque a santacombadenses que ainda se dedicam a algumas profissões artesanais e que mostram várias etapas dos seus ofícios.

O Município de Santa Comba Dão informa que, entre os dias 1 de junho e 30 de setembro, é proibida a utilização de fogo em queimadas, queimas de amontoados e realização de fogueiras, independentemente do nível de perigo de incêndio rural.

A decisão dá cumprimento às alterações legais introduzidas pelo Decreto-lei n.º 82/2021, de 13 de outubro. Pretende ainda diminuir o número de ignições que poderão passar a incêndios rurais, com graves consequências sociais e económicas para a população.

A segurança depende de todos!