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Santa Comba Dão

Santa Comba Dão apresenta tesouros  arquitetónicos e naturais que tornam memorável a vivência e estadia neste território.
                                                                   
Qualquer visitante ou habitante desta cidade pode iniciar a sua visita histórico-cultural pela Igreja da Misericórdia. Pertença da Santa Casa da Misericórdia, o templo é datado do século XVIII, possuindo uma fachada de cariz renascentista. Começou a ser construída em 1737 e foi inaugurada em 1755. O entalhamento e douramento de altares ficaram concluídos em 1782.    

                                                                                                                 
Em seguida pode dirigir-se aos Aldrógãos, zona típica da cidade, por onde passa a Ribeira das Hortas.    Este corredor riberirinho nasce na fonte do Salgueiral, a seis quilómetros de Santa Comba Dão, desaguando no rio Dão.  A Ribeira das Hortas alimenta vários açudes, que outrora serviram de motor a azenhas existentes ao longo do curso ribeirinho.


Junto aos Aldrogãos, destaque para a Casa dos Arcos, monumento classificado por Decreto n.º 32 973, de 18 de agosto de 1943. Trata-se de uma construção solarenga que pertenceu aos antigos Barões de Santa Comba Dão. Com a construção a remontar ao século XVII, é detentor de uma fachada de galerias e varandas alpendradas, que constituem grande atrativo visual à entrada da cidade.


A destacar junto ao portal, datado de 1704, armoriado, uma lápide alusiva à visita a esta casa de D. Catarina de Bragança, rainha de Inglaterra, em 1692, e de D. Pedro II de Portugal, seu irmão No primeiro andar funciona, atualmente, a Biblioteca Municipal.


A Antiga Residência Paroquial data de 1571, tendo sido reedificada no século XVIII. Na fachada principal ainda permanecem as características arquitetónicas do Renascimento. Foi antiga Casa da Misericórdia, e diz-se ter sido um convento, onde existia uma roda para deixar bebés.


A Igreja Matriz é um dos vários exemplares da arquitetura do barroco, com duas torres sineiras. Datada do século XVIII, a sua construção iniciou-se em 1725, tendo sido inaugurada a 11 de julho de 1755. Foi reedificada no último quartel do século XIX, no local onde existiu a Igreja de Santa Maria de Burgo, sagrada nos meados do século XIV por D. Raimundo, bispo de Coimbra. Uma lápide, em letra gótica, incrustada na parede da Capela-Mor ao lado da epístola, confirma este acontecimento.


Situado junto à Igreja Matriz, numa zona chamada Outeirinho, encontramos o Miradouro -  um local que oferece uma vista panorâmica sobre o Rio Dão, a Memória e sobre o vasto território correspondente à União de Freguesias do Vimieiro e Óvoa.


A vista alcança a  antiga Ponte sobre o Rio Dão -  ponto de passagem muito interessante em termos históricos. Trata-se de uma ponte de cantaria que foi ampliada em 1935 e cujo tabuleiro,  longo  encurvado, assenta em seis arcos de tamanho desigual. Ignora-se a data em que foi construída, presumindo-se que a ponte seja de origem romana.


A 20 de setembro de 1810 foi parcialmente destruída por ocasião da terceira invasão francesa, sob o comando do Marechal Massenna, tendo sido reconstruída em 1825. Assim o confirma o monumento da Memória, que imortalizaeste acontecimentoe: "Foi esta ponte cortada em 20 de Setembro de 1810 pela invasão do Exército Frânces commandado por Massena. Foram reedificadas as suas ruínas e de novo feitas estas cortinas dos lados e a estrada e a calçada da parte sul mediante paternal desvelo do excelso Imperador e Rei o senhor D. João VI em 1825 gastarão-se 3.898$05. Ano DOMINi MDCCCXXV".


Ainda do miradouro do Outeirinho, consegue-se ver a Capela do Senhor da Ponte – templo que  data do século XVIII e pertence ao estilo barroco. Removida do seu local de origem, junto à antiga ponte sobre o Rio Dão, foi reconstruída no sítio onde atualmente se encontra, em consequência do enchimento da Albufeira da Barragem da Aguieira.


A Casa da Cultura de Santa Comba Dão deslumbra pela sua dimensão e localização. Sede da antiga Casa do Povo, é agora, e tal como o nome indica,  um espaço de cultura.


A sua concretização foi fundamental, traduzindo a vontade de criar uma «Casa» que fomentasse a realização de todo o tipo de atividades culturais, nomeadamente no campo musical, do teatro, do cinema, e de um modo geral, de toda a espécie de artes performativas.


 O Largo do Rossio constitui um dos locais mais belos da cidade.

Aqui, casas de construção mais nobre casam, harmoniosamente,  como habitações simples e modestas, sempre com o granito como matéria comum, como um fio condutor que transporta o visitante pela história visual do que foi a vivência de noutros tempos.         

No desenho do casario, o destaque é para a utilização de cal nas juntas das paredes, assim como nas escadas exteriores sem guarda,  que dão conta de um modelo frequente nesta zona.


Além do solar dos Albergaria e das casas Ferreira de Almeida e Correia Godinho, no Rossio pode apreciar pequenas casas recuperadas para turismo de habitação, que mantiveram a essência e recordações de antigos moradores.
Ponto de visita obrigatória, o Largo do Município -  atravessado pela ribeira das Hortas – é um verdadeiro encanto para santacombadenses e visitantes.


É aqui que se se situa o edifício da Câmara Municipal, bem como os Serviços Técnicos do Município.

Data de 1871, o estudo para a edificação dos Paços do Concelho num sítio designado Pombal, localizado na propriedade do Barão de Santa Comba Dão. A arrematação da obra ficou a cargo de Joaquim Pereira da Silva, que a deu por terminada somente no ano de 1876, tendo sido deixada uma sala livre para  receber presos de pequenos delitos, uma vez que a cadeia não conseguia  albergar a totalidade de detidos.


O Pelourinho, construído em granito, é uma reconstrução do século XIX assente em plataforma com três degraus. Apresenta uma coluna de fuste cilíndrico torso e remate piramidal quadrado, tendo no coruchéu um mamilo cónico e, na grimpa, a esfera armilar em ferro.


O Chafariz é outro marco histórico que pode visitar neste largo. Data de 1894, a  apresentação do projeto  elaborado pelo engenheiro Abel Urbano, que  ofereceu gratuitamente o trabalho ao Município.   

                                                                                          
O Largo enquadra ainda a Ponte Sobre a Ribeira das Hortas. De cantaria, esta estrutura - também conhecida como  Ponte da Praça – foi reconstruída nem  1735, não havendo consenso sobre o tipo de arquitetura e respetiva época histórica.  Alguns historiadores defendem a sua origem romana, enquanto outros reportam para uma construção medieval.


Independentemente da data e tipo de arquitetura associada, a ponte da Praça é uma estrutura incontornável na cidade de Santa Comba Dão.

Em Santa Comba Dão pode, ainda, visitar os miradouros da Pedra Talhada e Santo Estêvão, a capela de Santo Estêvão, o Coreto e a Capela de Nossa Senhora da Conceição, junto ao  Jardim do Bairro Alto.